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domingo, 7 de março de 2010

Aprenda a observar o comportamento do seu filho

Alguns sintomas são nítidos e podem revelar que o seu filho pode ser portador de TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Uma condição neurobiológica freqüente, acometendo ambos os sexos e todas as idades, com prevalência de 5 a 10% de crianças em idade escolar em todo o mundo.

O que há alguns anos poderia parecer rebeldia, preguiça ou falta de interesse e força de vontade, foi identificado há quase um século e hoje sabemos que se trata de um transtorno provocado por alterações no desenvolvimento de algumas áreas cerebrais.

Ao contrário do que se imaginava, o TDAH não é uma condição inocente e benigna . Em virtude do significativo impacto adverso causado ao longo da vida, em que se pese, entre outros, o sentimento de fracasso precoce relatado por grande parte de seus portadores, o TDAH é uma condição séria que exige diagnóstico precoce e tratamento correto.

Vários pacientes relatam que passaram anos sendo chamados de preguiçosos, desmiolados , sem futuro , no mundo da lua , a mil por hora , etc., tanto por conta dos problemas escolares que apresentavam como pela dificuldade que tinham em obedecer a seus pais, professores e de seguirem regras.

Em casos como esses, a vida costuma evoluir de modo disfuncional e desadaptativo, muito aquém do esperado, com o aparecimento de múltiplas seqüelas emocionais, insucessos crônicos, sob uma espiral decrescente de vida.

Como posso saber quem tem o TDAH?
O TDAH tem três grandes eixos sintomatológicos, o de desatenção, o de hiperatividade e o da impulsividade. Quem apresentar alguns dos sintomas abaixo, causando sofrimento, prejuízos e queda no rendimento diário e na qualidade de vida, pode ter o TDAH e deve ser submetido a uma avaliação médica.

Sintomas mais comuns de desatenção: 
Freqüentemente: não presta atenção a detalhes, erra por descuido nos deveres escolares ou outras atividades, dificuldade em manter a atenção em tarefas ou jogos, parece não escutar o que lhe falam, não obedece a instruções passo-a-passo, não completa deveres ou tarefas, dificuldade de se organizar em trabalhos ou atividades, evita ou reluta em envolver-se em tarefas que exigem esforço mental prolongado (deveres escolares ou trabalhos de casa), perde objetos necessários para suas atividades (brinquedos, deveres escolares, lápis, livro, óculos, celular, etc.), se distrai facilmente devido a estímulos externos, esquece-se freqüentemente de suas atividades diárias, entre outros.

Sintomas mais comuns de hiperatividade e impulsividade:
Freqüentemente: mexe as mãos ou os pés ou se revira na cadeira, se levanta em sala de aula ou em outras situações nas quais o esperado é que ficasse sentado, corre ou sobe em locais inadequados (em adolescentes ou adultos, pode se limitar a uma sensação subjetiva de inquietação), dificuldade em brincar ou praticar qualquer atividade de lazer sossegadamente, está sempre muito ocupado ou age como se estivesse "elétrico", fala em excesso, responde precipitadamente antes de ouvir a pergunta toda, dificuldade em esperar sua vez, interrompe ou se intromete na fala dos outros, entre outros.

Outros sintomas comuns: 
Auto-estima baixa, sonolência diurna, pavio-curto, explosões afetivas, estado emocional pode oscilar várias vezes ao dia, prejuízo nas funções executivas (planejar, focar, decidir, realizar trabalhos e metas, etc.), dificuldade de auto-controle, de inibir comportamentos inadequados, dificuldade de gerenciamento do tempo e de se motivar para iniciar o dia e para tarefas de baixa motivação ou de recompensa tardia.

Como tratar?
O tratamento é fundamentalmente medicamentoso e o medicamento de primeira linha é o metilfenidato (padrão-ouro), que tem alto poder de eficácia e é aprovado pelo FDA e ANVISA. É realizado pelo médico, geralmente o psiquiatra especialista em saúde mental da infância e adolescência (ou o neurologista ou pediatra especializados no assunto). Pode incluir a psicoeducação, orientação e suporte a pais e educadores, feitos por psicólogo. Em alguns casos, é necessário um tratamento mais abrangente, com a intervenção de psicopedagogo e ou de fonoaudiólogo. Parcerias indesejáveis Em 2/3 dos casos, o TDAH não vem sozinho.

Outras condições psiquiátricas aparecem no curso da doença, dificultando o diagnóstico e prognóstico, como os transtornos do humor (depressão, distimia, transtorno do humor bipolar), transtornos de ansiedade (ansiedade generalizada, ansiedade de separação, medos e fobias, enurese noturna) tiques, Síndrome de Tourette, transtorno obsessivo compulsivo, transtornos de aprendizagem (dislexia, discalculia, disortografia), transtorno opositivo desafiador, transtorno de conduta, abuso de álcool e ou drogas

Osteoporose ameaça saúde feminina

Olhe só que incrível: a chance de uma mulher morrer por uma fratura no quadril, a mais comum na osteoporose, é maior do que por câncer de mama. Mas, se você perguntar a qualquer mulher que doença que ela escolheria para adquirir, certamente seria a osteoporose. Geralmente, as mortes pela fratura de fêmur ocorrem nos seis meses seguintes à queda, em decorrência de trombose, embolia pulmonar, pneumonia e infecções urinárias.

A verdade é que as pessoas só começam a se preocupar com osteoporose quando a idade chega, o que é um erro. Essa é uma doença em que a prevenção começa ainda na infância. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma em cada quatro mulheres depois da menopausa tem osteoporose. A incidência entre homens após os 50 anos de idade é de um em oito.

A diferença se dá porque a redução da massa óssea masculina começa aos 40 anos e acontece muito lentamente. No caso das mulheres o pico de massa óssea se dá aos 16 anos e permanece estável até os 30. 

A partir dessa idade, quem tem tendência à doença pode começar a perder 1% de massa ao ano até a menopausa, quando ocorre uma queda abrupta de 5% a 6%. O estrago aparece quando a perda total ultrapassa os 25%, comprometendo a resistência óssea e podendo então surgir as fraturas - tarde demais para uma solução.


A genética tem uma influência grande na saúde dos ossos, mas o trabalho de prevenção pode diminuir os futuros prejuízos. Além de uma alimentação rica em cálcio, possuir bons hábitos podem fazer toda a diferença. Há estudos mostrando que o café em excesso (quatro xícaras por dia) está associado a um aumento da fragilidade, porque a cafeína aumenta a destruição óssea.

Cigarro deve ser abolido: Ele altera a circulação e destrói os discos verticais da coluna. Também não adianta tomar litros de leite, sem controlar o sal. O consumo máximo deve ser de 2g diários (menos de meia colher de chá). O excesso provoca a eliminação do cálcio pela urina. E aqui vão mais dicas para saúde dos seus ossos: atividades aeróbicas e de fortalecimento muscular e sol com moderação (30 minutos até as 10h ou depois das 16h ). A exposição solar ajuda o organismo a produzir vitamina D, fundamental para a absorção do cálcio. A partir dos 40 anos de idade, é importante fazer exames de densitometria anuais, para detectar alterações na massa óssea.

Quanto mais cedo os fatores de risco forem diagnosticados esses problemas, melhor serão os resultados da prevenção e dos tratamentos.
DIA INTERNACIONAL DA MULHER 
PARABÉNS  08/03/10

Menstruação sinaliza quando algo vai mal no seu organismo

Sua menstruação marca presença sempre no mesmo dia de cada mês? Ou é do tipo irregular, que passa meses sem dar sinal e reaparece como se nada tivesse acontecido? Reparar no seu ciclo menstrual é importante, mas nem sempre é preciso se preocupar. De acordo com o ginecologista da Unifesp, Cláudio Bonduki, cada mulher tem um padrão menstrual, que inclui: variação de intervalo entre um sangramento e outro, intensidade e duração do fluxo.O alarme só apita quando algum fator destoa do padrão que acompanha a mulher desde as primeiras menstruações. Quando uma destas características sai do normal pode ser sinal de alguma alteração hormonal , orgânica ou, até mesmo, funcional , diz Cláudio.

O especialista afirma ainda que, quando as mudanças são notadas em apenas um ciclo, isso pouco quer dizer. É natural haver mudanças em um ou dois ciclos, é natural , garante.

Fluxo muito intenso ou com maior duração: quando esta alteração entra em cena, pode ser indício da presença de um mioma. O ginecologista esclarece que mioma trata-se de um tumor benigno, do tecido que forma a parede do útero. O problema chega a atingir de 30 a 40% das mulheres , diz Cláudio.

Cólicas fortes demais: a intensidade e duração das cólicas também variam entre as mulheres, conforme Bonduki. O especialista alerta que, quando o incômodo aumenta muito ou os analgésicos comumente usados nessa fase perdem sua eficácia, também podem indicar um mioma.

Corrimento excessivo: segundo o especialista, é natural as mulheres apresentarem uma secreção fisiológica. Também é normal o aumento deste muco depois da ovulação, fase que antecede a menstruação. O alarde surge quando mudanças são notadas na quantidade e odor do muco. Além destas alterações, a coceira pode ser outro indício de algum processo infeccioso , ressalta Cláudio.

Ciclo irregular: as datas irregulares da menstruação são as que somam mais possíveis causas. Entre os problemas, Cláudio lista distúrbios hormonais, orgânicos (quando o problema atinge órgãos como útero ou ovário), ou ainda, funcionais. Estes últimos, de acordo com o ginecologista, são caracterizados por mudanças na rotina, alterações de clima ou ainda por fatores emocionais.

Medidas que estão ao seu alcance
Ao falar de fatores externos que influenciam no ciclo menstrual, o especialista da Unifesp ressalta que a alimentação está relacionada com os sintomas da TPM e com as cólicas, não especificamente com o fluxo. Ele afirma que alimentos ricos em carboidratos e gorduras, e pobres em fibras, intensificam os incômodos. O conselho, portanto, é seguir uma alimentação regrada, especialmente no período pré-menstrual.

Segundo Cláudio Bonduki, a intensidade do fluxo pode ser diminuída com o uso de contraceptivos. O efeito hormonal da pílula diminui o fluxo , explica. Medicamentos antiinflamatórios também são capazes de deixar o fluxo menos intenso, devido a um tipo de ação no organismo. Nos dois casos, vale lembrar, é preciso uma orientação médica, após a análise do caso.

Menstruação, harmonize-se com ela

Sem dúvida, um dos assuntos mais discutidos na sala de um ginecologista é a menstruação. Diversos questões são abordadas: o início, optar ou não pela suspensão do sangramento, a sua ausência e, por fim, o término desse ciclo. Cada caso é um caso, mas sem dúvida, algumas informações são fundamentais para ter uma saúde íntima e compreender melhor todas as constantes mudanças e adaptações que ocorrem no corpo feminino. Todo esse processo depende da sincronia entre diversas partes do nosso corpo. Tudo é mediado por uma série de hormônios. O ciclo menstrual de uma mulher começa do 1º dia em que ela menstrua e vai até o último dia antes da próxima menstruação. Em um ciclo normal, a menstruação demora de 28 a 30 dias para aparecer, e dura, em média, de três a cinco dias. O que determina a quantidade do fluxo é o tamanho do útero, a quantidade de endométrio (revestimento interno do útero) e a quantidade de hormônios: estrogênio e progesterona produzidos pelo ovário.

Esse período é regido por uma série de alterações hormonais, que funcionam de forma interativa entre as glândulas hipotálamo, hipófise, ovários, adrenal e tireóide. Qualquer desarranjo nesta cadeia de eventos pode levar a mulher a ter alterações na menstruação. O ciclo pode ser dividido em fases, a fase folicular e a lútea, que tem como divisão a ovulação.
A fase folicular ocorre na mulher com ciclos regulares do 11º ao 14º dias, em geral, e é motivada principalmente pelo estradiol e FSH (hormônio folículo estimulante), que promovem a fase aura da feminilidade. Nesse período a mulher começa a sentir mais feminina, sensível e até a pele fica mais bonita. O pico hormonal culmina com a liberação do óvulo, período também chamado de ovulação. A partir deste momento temos dois caminhos a serem seguidos.O primeiro seria o encontro deste óvulo com espermatozóide, resultando num ovo, caracterizando a gestação e o não sangramento do endométrio (camada interna do útero), que servirá de suporte fundamental para a gestação que se inicia. O segundo seria a ovulação seguida da não-fecundação e, que levaria então a um pico de progesterona, com redução dos outros hormônios e com a descamação do endométrio, que então se preparará para um novo ciclo.
Geralmente, nos 3 primeiros dias o fluxo é nitidamente mais forte, passando depois a menor quantidade e, muitas vezes, para o fim apenas uma secreção acastanhada.
Ao todo, o período menstrual pode durar entre 3 a 7 dias. Isto é apenas em termos generalizados, uma vez que a menstrução pode diferir ligeiramente de mulher para mulher. No entanto se por acaso a menstrução se prolongar por mais de 8 dias, deve-se consultar um ginecologista.
No período normal, a quantidade de fluxo expelido no total dos dias é equivalente a cerca de meia xícara de chá, ou 70 ml.