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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Cistite

Cistite

É a infecção urinária mais comum na mulher adulta. Geralmente de origem bacteriana, afeta a bexiga e pode infectar os rins se não for adequadamente tratada.


Como acontece

Na maioria das vezes a infecção do aparelho urinário (formado pela uretra, bexiga, ureter e rins) ocorre devido à ação da bactéria Escherichia coli.

O ato sexual favorece o aparecimento da infecção porque a secreção que se acumula está cheia de bactérias e inunda a uretra de germes.

De 4% a 6% das mulheres sexualmente ativas têm infecção de bexiga, mas não apresentam os sintomas-dor, ardência ao urinar (disúria), aumento da necessidade de urinar (polaciúria).


A bactéria

A Escheria coli é a mais agressiva das bactérias que infectam o aparelho urinário. Ela migra do intestino até o ânus e chega à uretra. A partir daí fica fácil alcançar a bexiga.

Embora corresponda a apenas 30% da flora bacteriana do intestino, esse germe é o causador de 80% das infecções de rins e de 60% das cistites.


Estatísticas

  • Cistite corresponde a 80% de todos os tipos de infecção urinária, principalmente na mulher adulta.

  • 90% dos germes que infectam a bexiga saem da flora intestinal.

  • 1% das mulheres sexualmente ativas tem sintomas de cistite ou uretrite (infecção na uretra).

  • Pelo menos 15% das mulheres grávidas apresentam alguma infecção urinária.

Cultura de urina

  • Colher a primeira urina da manhã, sem o primeiro jato.

  • Antes de fazer a higiene local, lave a vulva duas vezes com sabão líquido que não faça espuma; secar com algodão ou gaze, nunca com papel higiênico; evitar o contato da urina com a vulva; levar a urina coletada imediatamente a laboratório ou no máximo 30 minutos depois. Caso contrário, colocar o frasco dentro de um vasilhame com gelo para evitar a proliferação das bactérias.

Tratamento

Com o resultado do exame, iniciar o tratamento, à base do antibiótico indicado no teste chamado antibiograma (testa a sensibilidade da bactéria a vários antibióticos diferentes). A duração do tratamento depende da intensidade da infecção, do tipo de antibiótico e da idade da mulher, mas varia de três dias a três semanas.


No homem

A cistite é mais difícil de acontecer no homem porque ele tem um mecanismo de defesa natural, que é o canal da uretra cinco vezes maior do que o da mulher.

A cistite pode ser provocada por cálculo renal ou por refluxo da urina da bexiga para o ureter e, mais dificilmente, para os rins.

A cistite ocorre mais facilmente no homem após os 60 anos, porque a próstata aumenta de tamanho.

(1) Rins

  • Mulheres que têm infecção de bexiga repetidas vezes correm o risco de desenvolver o problema nos rins (pielonefrite aguda).
  • Nas grávidas, quando a infecção não é tratada, existem 30% de chances de a infecção chegar aos rins.


(2) Ureter

  • O ureter é o canal que liga os rins à bexiga e também pode sofrer com a ação das bactérias ou ficar obstruído com cálculos (pedras) eliminados pelos rins.


(3) A uretra

  • É o canal por onde a urina é eliminada. Tem apenas quatro centímetros de comprimento, tornando fácil, portanto, a chegada de germes à bexiga.
  • O homem, ao contrário, tem uma uretra média de 20 centímetros, tornando mais raras as infecções no aparelho urinário.


A infecção pela ação das bactérias deixa a mucosa que reveste a bexiga coberta por uma camada de pus.



Germe causa infecção em mulheres mais jovens


O nome é comprido e difícil de pronunciar: Staphilococcus saprophyticus. Trata-se de uma bactéria, velha conhecida dos pesquisadores, mas só recentemente descoberta como importante causadora da cistite ou infecção da bexiga. O germe tem sido encontrado em mulheres mais jovens, sexualmente ativas. E é considerado perigoso por causa do seu poder de aderir à parede da mucosa que reveste a bexiga.

À exceção da Escherichia xoli, outra poderosa bactéria causadora da cistite, os demais germes geralmente são expelidos pela urina. O jato seqüencial do líquido consegue fazer uma espécie de limpeza nas paredes da bexiga e na uretra.

Há ainda os casos das mulheres sexualmente ativas que têm sintomas de cistite ou uretrite, mas o exame de cultura na urina não detecta a presença da bactéria causadora do problema. É o caso da Chlamydia thracomatis, que não aparece na cultura de urina e é a doença mais freqüentemente transmitida.

A maioria das infecções urinárias, particularmente as cistites, afeta as mulheres, e a incidência varia de acordo com os anos de atividade sexual. Mas a presença do germe pode complicar a vida da mulher, provocando uma infecção aguda. Neste caso, a bexiga se inflama por causa da infecção. Sua superfície pode estar toda recoberta por uma membrana de pus. É a cistite aguda.

BRASÍLIA

Os médicos estimam que vivem em Brasília 350 mil mulheres sexualmente ativas, 40% da população feminina. Dessas, cerca de dez mil têm cistite. Em geral, as mulheres sentem ardência ao urinar, vontade constante de ir ao banheiro, dor forte no baixo ventre (supra- público) e eventualmente dor lombar (na altura dos rins).

No caso das mulheres grávidas, o cuidado deve ser redobrado porque elas têm maior predisposição às infecções, facilitando o aparecimento da cistite.

O exame da urina deve ser feito na primeira consulta pré-natal. Se a infecção é detectada e não tratada, a grávida tem 28% de chance de desenvolver uma infecção nos rins.