Cistite
É a infecção urinária mais comum na mulher adulta. Geralmente de origem bacteriana, afeta a bexiga e pode infectar os rins se não for adequadamente tratada.
Como acontece
| Na maioria das vezes a infecção do aparelho urinário (formado pela uretra, bexiga, ureter e rins) ocorre devido à ação da bactéria Escherichia coli. O ato sexual favorece o aparecimento da infecção porque a secreção que se acumula está cheia de bactérias e inunda a uretra de germes. De 4% a 6% das mulheres sexualmente ativas têm infecção de bexiga, mas não apresentam os sintomas-dor, ardência ao urinar (disúria), aumento da necessidade de urinar (polaciúria).
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A bactéria
A Escheria coli é a mais agressiva das bactérias que infectam o aparelho urinário. Ela migra do intestino até o ânus e chega à uretra. A partir daí fica fácil alcançar a bexiga. Embora corresponda a apenas 30% da flora bacteriana do intestino, esse germe é o causador de 80% das infecções de rins e de 60% das cistites. |
Estatísticas
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Cultura de urina
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Tratamento
Com o resultado do exame, iniciar o tratamento, à base do antibiótico indicado no teste chamado antibiograma (testa a sensibilidade da bactéria a vários antibióticos diferentes). A duração do tratamento depende da intensidade da infecção, do tipo de antibiótico e da idade da mulher, mas varia de três dias a três semanas.
No homem
A cistite é mais difícil de acontecer no homem porque ele tem um mecanismo de defesa natural, que é o canal da uretra cinco vezes maior do que o da mulher. A cistite pode ser provocada por cálculo renal ou por refluxo da urina da bexiga para o ureter e, mais dificilmente, para os rins. A cistite ocorre mais facilmente no homem após os 60 anos, porque a próstata aumenta de tamanho. |
(1) Rins
(2) Ureter
(3) A uretra
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A infecção pela ação das bactérias deixa a mucosa que reveste a bexiga coberta por uma camada de pus. |
Germe causa infecção em mulheres mais jovens
O nome é comprido e difícil de pronunciar: Staphilococcus saprophyticus. Trata-se de uma bactéria, velha conhecida dos pesquisadores, mas só recentemente descoberta como importante causadora da cistite ou infecção da bexiga. O germe tem sido encontrado em mulheres mais jovens, sexualmente ativas. E é considerado perigoso por causa do seu poder de aderir à parede da mucosa que reveste a bexiga.
À exceção da Escherichia xoli, outra poderosa bactéria causadora da cistite, os demais germes geralmente são expelidos pela urina. O jato seqüencial do líquido consegue fazer uma espécie de limpeza nas paredes da bexiga e na uretra.
Há ainda os casos das mulheres sexualmente ativas que têm sintomas de cistite ou uretrite, mas o exame de cultura na urina não detecta a presença da bactéria causadora do problema. É o caso da Chlamydia thracomatis, que não aparece na cultura de urina e é a doença mais freqüentemente transmitida.
A maioria das infecções urinárias, particularmente as cistites, afeta as mulheres, e a incidência varia de acordo com os anos de atividade sexual. Mas a presença do germe pode complicar a vida da mulher, provocando uma infecção aguda. Neste caso, a bexiga se inflama por causa da infecção. Sua superfície pode estar toda recoberta por uma membrana de pus. É a cistite aguda.
BRASÍLIA
Os médicos estimam que vivem em Brasília 350 mil mulheres sexualmente ativas, 40% da população feminina. Dessas, cerca de dez mil têm cistite. Em geral, as mulheres sentem ardência ao urinar, vontade constante de ir ao banheiro, dor forte no baixo ventre (supra- público) e eventualmente dor lombar (na altura dos rins).
No caso das mulheres grávidas, o cuidado deve ser redobrado porque elas têm maior predisposição às infecções, facilitando o aparecimento da cistite.
O exame da urina deve ser feito na primeira consulta pré-natal. Se a infecção é detectada e não tratada, a grávida tem 28% de chance de desenvolver uma infecção nos rins.