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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


Tabela de Vitaminas presentes nos alimentos

Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia
VITAMINAS E MINERAIS COM SUAS FUNÇÕES
(Foram extraídos os elementos não vegetarianos)
VITAMINAS
FUNÇÕES / IMPORTÂNCIA
CARÊNCIA / EXCESSO
FONTES
Vitamina A
Importante para a saúde da pele, olhos, dentes, cabelos e ossos. Ajuda no crescimento e aumenta a resistência de infecções em crianças.
Carência – cegueira noturna, lesões e ressecamento de pele e mucosas, retardo no crescimento
Excesso – Perda de apetite, amarelamento da pele, queda de cabelo, pele seca, fragilidade óssea.
Tomate, leite, manteiga, verduras amarelas, abóbora, folhosos verde escuro, melão, pêssego.
Vitamina B1Tiamina
Importante para o funcionamento dos músculos e cérebro, facilita a absorção dos glicídios principalmente no cérebro.
Redução do apetite, cansaço, obstipação, irritabilidade fácil, esquecimento, raciocínio lento, inchaço dos pés e mãos, perda de peso, debilidade muscular, fraqueza, taquicardia.
batata doce, banana, cereais integrais, frutas, arroz, leite, nozes, legumes, levedura
Vitamina B2 Riboflavina
Favorece o crescimento, formação das células vermelhas do sangue, integridade da pele, mucosas e da visão.
Sensibilidade ocular (coceira, ardência, fotossensibilidade), dor de cabeça frontal, língua inchada e avermelhada, queilose (rachaduras nos cantos da boca), seborréia, lesões na pele.
Cereais, leite e seus derivados, banana, lentilha, cenoura, cereais integrais, folhosos verde escuro.
Vitamina B3 Nicotinamida/ , ácido nicotínico ou niacina
Importante para a produção de energia nas reações celulares.
carência severa causa a Pelagra (doença caracterizada pôr 3D=dermatite, demência, diarréia) , tremores, língua amarga. Além de fraqueza musculares, diminuição do apetite, indigestão, insônia, fadiga.
Seu excesso pode causar o esgotamento do músculo cardíaco.

Ameixa, figo, tâmara, amendoim, grãos integrais, legumes
Vitamina B5 Ácido Pantotênico
Importante para a integridade da pele e mucosas, saúde capilar, e nos processos de cicatrização.
Sua carência pode causar dores de cabeça, náuseas e vômitos.
Carne de soja, cereais, tomate, levedura.
Vitamina B6 Piridoxina
Atua nos processos de : obtenção de energia dos alimentos, regulação da pressão arterial e função cardíaca, produção de anticorpos
Sua carência causa cansaço, vertigens, irritabilidade, convulsões,, lesões na pele, anemia, sonolência, depressão, perda de apetite.
Fatores que levam à carência – pacientes cardíacos, alcoolismo, uso de anticoncepcionais, idosos, adolescentes.
verduras, cereais, frutas, grãos, banana, melão, repolho, batata doce.
Vitamina B9
Ácido Fólico
Atua em diversas funções metabólicas.
Sua carência causa transtornos neurológicos e cutâneos, anemia, alterações digestivas – diarréia -, gengivites.
 leite, couve-flor, brócolis, espinafre, gérmen de cereais, batatas, legumes,  folhas verdes, lentilha, feijão corda.
Vitamina B12 – Cianocobalamina
Atua na formação dos glóbulos vermelhos do sangue, na integridade das células nervosas da pele, e na formação do DNA.
Sua carência causa anemia com os sintomas de cansaço, falta de ar, palidez cutânea, dores de cabeça, irritabilidade, predisposição à infecções, perda de memória, diarréia e redução da absorção de nutrientes, inflamação na língua.
Fatores que levam à carência – cirurgia intestinal, uso abusivo de antiácidos, álcool, tabagismo, doenças gástricas (gastrite, gastroenterites, etc.).

verduras, cereais,  banana, lentilha, leite e derivados, cenoura, batata doce.
Biotina
Auxilia na digestão das gorduras e em várias reações químicas do organismo.
Sua carência causa alterações na pele, palidez, perda de apetite, dores musculares, insônia, dores no peito, aumento de colesterol, cansaço, náuseas, transtornos mentais.
Um dos fatores que levam à carência é o uso em grande quantidade de clara de ovo crua.
Carne branca, leite, legumes, cereais, nozes, chocolate, castanha.
Vitamina C
Previne hemorragias, protege os pulmões da ação dos resfriados e poluentes. Auxilia na absorção de ferro presente nos alimentos vegetais, mantêm a integridade da pele e mucosas e auxilia na cicatrização, além de fortalecer o sistema imunológico.
Fadiga, falta de apetite, emagrecimento, feridas na boca, fragilidade capilar, hemorragias, queda de cabelos.
ATENÇÃO: Suas necessidades são aumentadas em período de estresse e por fumantes.

Caju, acerola, goiaba, legumes, couve-flor, batata, aspargos, tomate, mamão, frutas cítricas, morango, abacaxi, pimentão verde.
Vitamina D
Contribui para a formação dos ossos e dos dentes, previne o raquitismo. Facilita a absorção do cálcio e fósforo.
Carência – raquitismo, fragilidade óssea (fraturas), dentes fracos, deformidades esqueléticas.
Excesso – calcificação óssea excessiva, cálculos renais, dor de cabeça, náuseas e diarréia.
Óleos vegetais, gérmen de trigo, luz solar (converte próvitamina D do organismo em vitamina D), leite, queijo.
Vitamina E
É antioxidante e atua protegendo a membrana celular, ajudando a retardar o envelhecimento.
Carência – Anemia e envelhecimento precoce, além de alterações musculares.
gérmen de trigo, verduras cruas, iogurte, óleos vegetais, folhosos, amendoim, leite, manteiga, espinafre.
Vitamina K
Fundamental para a coagulação sangüínea.
Carência – deficiência na coagulação sangüínea, hemorragias.
Excesso – hemorragias com placas vermelhas na pele.
iogurte, alface, brócolis, verduras cruas, couve-flor, óleos vegetais, repolho, soja, espinafre.
ATENÇÃO: é importante lembrar que uma parte da vitamina K é produzida no próprio organismo
MINERAIS
FUNÇÕES / IMPORTÂNCIA
CARÊNCIA / EXCESSO
FONTES
Sódio (Na)
É essencial a motilidade e excitabilidade muscular e na distribuição orgânica de água e volume sangüíneo
Carência – lentidão de movimentos, fraqueza e cãibras musculares, apatia, falta de apetite redução do volume urinário, convulsões.
Excesso – Pressão alta, dores de cabeça, delírio, parada respiratória, eritema da pele.
sal de cozinha, leite e derivados, batata, grãos, acelga, abacate, beterraba, queijos
Potássio (K)
Atua no equilíbrio de água do organismo, ajuda no armazenamento de proteínas musculares, na função renal, na contração do músculo do coração e na tonicidade muscular, promove também o crescimento celular
Carência – vômitos, distensão abdominal, redução ou ausência de reflexos, dificuldade para respirar, hipotensão (pressão baixa), dilatação cardíaca, arritmia, fraqueza muscular.
Excesso – cãibras, paralisia muscular, confusão mental, distúrbios cardíacos, respiração fraca, dor nas extremidades do corpo, parestesia.
Amendoim, frutas (melão, banana), leite, cereais integrais, castanha de caju, espinafre, batata doce e inglesa, água de coco.
Cálcio (Ca)
Atua na construção de ossos e dentes, na coagulação sangüínea. Tendo também papel fundamental na contração e relaxamento muscular, é necessário para transmissão nervosa e regulação dos batimentos cardíacos.
Carência – deformidades ósseas (osteoporose, osteomalácia e raquitismo), convulsões, paralisia muscular, hipertensão.
Excesso – Calcificação excessiva dos ossos e tecidos moles, interferência na absorção do ferro, falência renal, comportamento anormal (psicose).
Vegetais de folhas escuras (couve, mostarda, brócolis, etc.), leites e derivados, cereais, feijão e frutas.
Fósforo (P)
Integra a estrutura dos ossos e dentes, atua na contração muscular e participa ativamente no metabolismo dos carboidratos.
Carência – dor óssea, osteomalácia, hipoparatiereoidismo, resistência à insulina, delírios, perda de memória, taquicardia, cãibras, dores musculares.
Excesso – confusão mental, sensação de peso nas pernas, hipertensão.
Leite, cereais, leguminosas, chás, café, frutas, castanha de caju, trigo, queijo.
Magnésio (Mg)
Está envolvido na formação de ossos e dentes, no funcionamento do sistema nervoso e muscular, e na formação de proteínas.
Carência – perda de apetite, náusea, vômito, sonolência, tremores, taquicardia, arritmia, atraso no crescimento.
Excesso – pressão baixa, problemas respiratórios, distúrbios no rítimo cardíaco.

Vegetais folhosos, cereais, grãos, sementes, leite, gérmen de trigo, centeio, farinha de soja, avelã.
Ferro (Fe)
Está envolvido na função imunológica, é essencial para a formação e transporte da hemoglobina, e tem um papel importantíssimo no transporte respiratório de oxigênio e gás carbônico.
Carência – anemia, dor de cabeça, fadiga, baixa resistência a infecções, fraqueza, feridas canto da boca, diminuição do paladar
Excesso – gasto metabólico, dor de cabeça, convulsões, náuseas, vômitos, febre, suor, pressão baixa.

açaí, brócolis, feijão, banana, melaço de cana, frutas secas, vegetais verde escuro – exceção do espinafre .
Zinco (Zn)
Participa do metabolismo dos nutrientes (carboidratos, lipídios e proteínas), também está envolvido na função de defesa do organismo e expressão da informação genética.
Carência – retardo no crescimento, atraso na maturação sexual, diminuição do paladar, lesões na pele, falta de apetite.
Excesso – náusea, vômito, diarréia.

leites e derivados, cereais, aveia, grão de soja.
Iodo (I)
É parte integrante dos hormônios tireoideanos.Carência – bócio, durante a gestação sua falta pode afetar a tireoíde do feto a partir da 8ª semana de gestação.
Excesso – Uma super dose cutânea pode suprimir a atividade tireoideana.

Sal de cozinha iodado,  leite.
Flúor (F)
Deficiência de flúor: Cáries dentárias.

Excesso de flúor:  Manchas no esmalte dos dentes, osteoporose
É considerado como essencial devido ao seu efeito benéfico no esmalte dental, conferindo resistência máxima às cáries.
Carência – cárie dental.
Excesso – manchas nos esmaltes dos dentes.
Sua maior parte está na água potável fluorada. Nos vegetais depende da qualidade do solo.

O que são vitaminas



As vitaminas são nutrientes importantes para o nosso organismo. São de extrema importância para o bom funcionamento do nosso organismo, principalmente, porque ajuda a evitar muitas doenças.
Elas não são produzidas pelo organismo e, portanto, devem ser adquiridas através da ingestão de alimentos (frutas, verduras, legumes, carnes etc). A falta de vitaminas pode acarretar em diversas doenças(avitaminoses). Elas podem ser de dois tipos: hidrossolúveis (solúveis em água e absorvidas pelo intestino) e lipossolúveis (solúveis em gorduras e absorvidas pelo intestino com a ajuda dos sais biliares produzidos pelo fígado).

Vitaminas
FontesDoenças provocadas pela carência (avitaminoses)Funções no organismo
Afígado de aves, animais e cenouraproblemas de visão, secura da pele, diminuição de glóbulos vermelhos, formação de cálculos renaiscombate radicais livres, formação dos ossos, pele; funções da retina
Dóleo de peixe, fígado, gema de ovosraquitismo e osteoporoseregulação do cálcio do sangue e dos ossos
Everduras, azeite e vegetaisdificuldades visuais e alterações neurológicasatua como agente antioxidante.
Kfígado e verduras de folhas verdes, abacatedeficiência na coagulação do sangue, hemorragias.atua na coagulação do sangue, previne osteoporose, ativa a osteocalcina (importante proteína dos ossos).
B1cereais, carnes, verduras, levedo de cervejaberibériatua no metabolismo energético dos açúcares
B2leites, carnes, verdurasinflamações na língua, anemias, seborréiaatua no metabolismo de enzimas, proteção no sistema nervoso.
B5fígado, cogumelos, milho, abacate, ovos, leite, vegetaisfadigas, cãibras musculares, insôniametabolismo de proteínas, gorduras e açúcares
B6carnes, frutas, verduras e cereaisseborréia, anemia, distúrbios de crescimentocrescimento, proteção celular, metabolismo de gorduras e proteínas, produção de hormônios
B12fígado, carnesanemia perniciosaformação de hemácias e multiplicação celular
Claranja, limão, abacaxi, kiwi, acerola, morango, brócolis, melão, mangaescorbutoatua no fortalecimento de sistema imunológico, combate radicais livres e aumenta a absorção do ferro pelo intestino.
Hnoz, amêndoa, castanha, lêvedo de cerveja, leite, gema de ovo, arroz integraleczemas, exaustão, dores musculares, dermatitemetabolismo de gorduras
M ou B9cogumelos, hortaliças verdesanemia megaloblástica, doenças do tubo neuralmetabolismo dos aminoácidos, formação das hemácias e tecidos nervosos
PP ou B3ervilha, amendoim, fava, peixe, feijão, fígadoinsônia, dor de cabeça, dermatite, diarréia, depressãomanutenção da pele, proteção do fígado, regula a taxa de colesterol no sangue 

domingo, 1 de maio de 2011

TONTURA - VERTIGEM - "LABIRINTITE"

O que é?
Tontura é o termo que representa genericamente todas as manifestações de desequilíbrio.

As tonturas estão entre os sintomas mais freqüentes em todo o mundo e são de origem labiríntica em 85% dos casos. Mais raramente, as tonturas podem ser de origem visual, neurológica ou psíquica.

Vertigem é um tipo particular de tontura, caracterizando-se por um sensação de rotação.

Labirintite é uma enfermidade de rara ocorrência, caracterizada por uma infecção ou inflamação no labirinto. O termo é utilizado de forma equivocada para designar todas as doenças do labirinto.

Existem dezenas de doenças e/ou distúrbios labirínticos e cada uma delas tem características próprias que exigem formas especiais de tratamento.

Como é?

A maioria das pessoas usa a palavra tontura para descrever a sua perturbação do equilíbrio corporal. Outras descrevem essa perturbação como atordoamento, sensação de “cabeça leve”, entontecimento, estonteamento, impressão de queda, instabilidade, sensação de flutuação, de estar caminhando em cima de um colchão, tonteira ou, ainda, zonzeira.

A vertigem é o tipo mais freqüente de tontura. O paciente sente-se girando no meio ambiente ou o ambiente gira a sua volta.

As crises mais fortes de tontura podem ser acompanhadas de náuses, vômitos, suor, palidez e sensação de desmaio.

Muitos pacientes com tontura também podem referir outros sintomas como ruídos no ouvido ou na cabeça (zumbido, zoada, tinido, tinitus), diminuição da audição, dificuldade para entender, desconforto a sons mais intensos, perda de memória, dificuldade de concentração, fadiga física e mental. Isso é devido às interrelações entre o sistema do equilíbrio com a audição e outras funções do sistema nervoso central.





A figura mostra o ouvido externo (canal do ouvido, tímpano), ouvido médio (com os ossículos martelo, bigorna, estribo) tuba auditiva, ouvido interno ou labirinto (aparelho vestibular, vestíbulo, cóclea, nervo vestibular, nervo coclear), cérebro.



Labirinto – O que é?

O labirinto, também conhecido como ouvido interno, congrega as funções da audição e do equilíbrio. Fica encrustado no osso temporal, um dos ossos do nosso crânio.

A palavra labirinto lembra uma estrutura complexa e elaborada. Assim, quando os anatomistas clássicos começaram a estudar o osso temporal, perceberam que havia tantas estruturas, tantos pequensos orifícios, tantas estruturas ósseas diferentes, que o nome labirinto foi a escolha lógica.

A parte anterior do labirinto, chamada de cóclea, está relacionada coma a audição. A parte posterior, formada por um conjunto de três canais, chamados de canais semicirculares, está relacionada com o equilíbrio.

A estrutura que liga a cóclea ao aparelho vestibular é chamada de vestíbulo (o “hall” de entrada do labirinto).

Dentro do labirinto ósseo existe um labirinto membranáceo, imerso em um líquido chamado perilinfa. No vestíbulo, o labirinto membranaáceo divide-se em duas pequenas bolsas: o utrículo e o sáculo. O labirinto membranáceo é preenchido por um líquido, a endolinfa.

As informações sobre o equilíbrio e a audição chegam ao cérebro através dos nervos vestibular e coclear, respectivamente.

Labirintopatias ou Vestibulopatias

As doenças do labirinto são popularmente conhecidas como “labirintites”, uma denominação errônea porque uma infecção ou inflamação do labirinto, como sugere o sufixo-ite, são de rara ocorrência. Os termos labirintopatias (para designar as afecções do ouvido interno ou labirinto) ou vestibulopatias (para designar as afecções que acometem qualquer parte do sistema vestibular ou sistema de equilíbrio) são mais adequadas.

Vestibulopatias periféricas são as que acometem o sistema vestibular periférico, constituído pelos canais semicirculares, utrículo, sáculo e o nervo vestibular (oitavo por craniano). Cerca de 85% das vestibulopatias são de origem periférica.

Vestibulopatias centrais são as que lesam estruturas vestibulares no sistema nervoso central.

Equilíbrio – Como é Mantido?

A manutenção do equilíbrio corporal é uma função extremamente complexa e envolve diversos órgãos e sistemas.

Os principais sensores do sistema do equilíbrio estão no labirinto, nos olhos, na pele e nos músculos e articulações.

O labirinto informa sobre a direção dos movimentos da cabeça e do corpo (para cima, para baixo, de um lado para o outro, para frente, para trás e rotações).

Os olhos informam sobre a posição do corpo no espaço, a pele informa sobre qual parte do corpo que está em contato com uma superfície e os músculos e articulações (sistema proprioceptivo) informam sobre os movimentos e quais as partes do corpo que estão envolvidas com eles.

O sistema labiríntico é a central de informações, que recolhe os impulsos de todos os sensores eo sistema nervoso central as recebe para serem analisadas. As informações recebidas devem ser coerentes. A chegada de informações conflitantes pode resultar em tontura e enjôo até que o sistema se habitue a esta nova realidade.

Tontura é doença?

Tontura não é doença, e sim um sintoma que pode surgir em numerosas doenças. Tontura é uma sinal de alerta, de alarme de que algo não está bem no organismo.

Depois de dor de cabeça, tontura parece ser o sintoma a mais comum em consultórios médicos. Estima-se que cerca de 42% dos adultos queixam-se de tontura em alguma época de suas vidas.

Os diferentes tipos de tontura podem ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comum em idosos. O sexo feminino parece ser o mais acometido.

As tonturas podem afetar de diferentes modos a qualidade de vida. Podem ser leves, moderadas ou intensas, esporádicas, freqüentes ou constantes e, além da desconfortável sensação de perturbação do equilíbrio corporal, podem vir acompanhadas de prejuízo da memória, dificuldade para entender, fadiga física e mental, dificuldade para ler e escrever.

A insegurança física gera insegurança psíquica, o que pode ocasionar ansiedade, depressão e pânico.

As causas

O desequilíbrio corporal pode ocorrer por apresentar alterações funcionais originadas nas diversas estruturas do sistema vestibular (vestibulopatias primárias) ou determinadas por problemas clínicos à distância em outros órgãos ou sistemas, que podem afetá-lo de diferentes maneiras (vestibulopatias secundárias).

Numerosas são as causas de vestibulopatias primárias e secundárias:





traumatismos de cabeça e pescoço

infecções (por bactérias ou vírus)

drogas ou medicamentos (nicotina, cafeína, álcool, maconha, anticoncepcionais, sedativos, tranqüilizantes, antidepressivos, antiinflamatórios, antibióticos, etc.)

erros alimentares

tumores

envelhecimento

distúrbios vasculares (hiper ou hipotensão arterial, arteriosclerose)

doenças metabólicas – endócrinas (hipercolesterolemia, hiper ou hipoglicemia, hiper ou hipoinsulinemia, hiper ou hipotireoidismo)

anemia

problemas cervicais

doenças do sistema nervoso central

alergias

distúrbios psiquiátricos, etc.



A descoberta da causa implica, muitas vezes, na realização de diversos exames complementares (sangue, urina, radiológico) ou avaliações em outras áreas médicas (endocrinologia, neurologia, cardiologia, psiquitria, ortopedia, reumatologia, etc.).

As doenças, propriamente, que podem acometer os sistemas vestibular e auditivos, causando tonturas com ou sem outros sintomas como zumbido, surdez, etc. são bastante numerosas. Mencionaremos apenas as mais comuns:



vertigem postural paroxística benigna:



breves e repentinos episódios devertigem e/ou enjôo aos movimentos da cabeça.



doença de Ménière:



Nos quadros clínicos típicos, a queixa é de crises vertiginosas, diminuição da audição, sensação de pressão no ouvido.



neurite vestibular:



Vertigem aguda, intensa e prolongada, com náuseas e vômitos. Pode ser de origem inflamatória ou infecciosa (viral).



Doenças do ouvido médio e/ou tuba auditiva:



Vertigens, zumbido e/ou diminuição da audição podem ser causados por obstrução da tuba auditiva e otite média.



Cinetose (mal do movimento)



tonturas, náuseas, eventualmente vômitos, palidez e suor podem ocorrer em veículos em movimento.Quando enjoamos em um navio ou automóvel, isso resulta do conflito de informações entre os sensores. O Máximo do conflito ocorre quando nos encontramos sentados em uma sala interna de um navio. Como não há janelas, os nossos olhos informam que estamos parados. O nosso sistema proprioceptivo (músculos e articulações) também informa que estamos parados. Mas os labirintos continuam informando que estamos em movimento. Algumas pessoas são mais sensíveis a esse conflito de informações. Quando estamos e lendo em um automóvel em movimento enjoamos mais, porque nossos olhos, fixos na leitura, não colaboram com os labirintos na informações relacionadas com o movimento do automóvel.



Surdez súbita e vertigem:



A perda auditiva, habitualmente, surge em um dos ouvidos e pode ter diferentes causas, como infecções por vírus, traumas cranianos ou acústicos, doenças auto-imunes, vascular, tumores, etc. Tonturas de vários tipos podem ocorrer. A crise vertiginosa típica com náuseas e vômitos é comum.



Esclerose Múltipla:



É uma afecção crônica e progressiva, de causa desconhecida, do sistema nervoso central. Vertigem súbita, com ou sem perda da audição, súbita ou não, e/ou zumbido podem ser os sintomas iniciais. Tontura e desequilíbrio são mais comuns do que a perda auditiva.





Como o médico faz o diagnóstico?

O conjunto de história clínica, exame físico e a seqüência dos testes auditivos e vestibulares aplicados recebe o nome de avaliação otoneurológica.

Um dos pontos mais importantes da avaliação otoneurológica é a história clínica. Devem ser obtidas informações detalhadas do paciente sobre sua tontura e outros sintomas concomitantes. Os antecedentes pessoais e familiares, conhecer os hábitos de vida, medicações e preferências alimentares da pessoa também é muito importante.

Existe uma série enorme de testes de audição e de equilíbrio corporal (testes labirínticos). Esses exames são realizados de acordo com a necessidade de cada paciente. Não existe uma seqüência predeterminada. Os resultados dos testes básicos indicam quais os testes mais avançados que devem ser aplicados.

Em função dos grandes progressos na obtenção de imagens do corpo humano, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética são dos exames de enorme utilidade no diagnóstico das vestibulopatias.

Como se trata?

Vertigem e outras tonturas são sintomas que costumam ser sensíveis ao tratamento desde que haja coerência com o diagnóstico formulado.

Em grande número de casos, com auxílio de exames laboratoriais e obtenção de imagens, conseguimos estabelecer a causa da doença e instituir o melhor dos tratamentos, ou seja, o tratamento etiológico (da causa).

O tratamento atual das doenças ou distúrbios do equilíbrio consiste numa associação de providências que devem ser tomadas para se obter resultados mais satisfatórios. Esse múltipla abordagem de conduzir o tratamento consiste no seguinte:



procurar eliminar ou atenuar a causa da tontura

utilizar criteriosamente os medicamentos antivertiginosos: Existem vários remédios que são usados no tratamento das tonturas. Eles têm a função de deprimir o sistema labiríntico. Alguns deles são tão populares que se encontram nas listas de medicamentos mais vendidos. As vezes, encontramos pacientes que já tomaram todos, ou quase, os remédios que existem e vieram à consulta para saber se já surgiu algum produto novo. O importante é a escolha do medicamento mais adequado, baseado no diagnóstico e nas reações orgânicas e psíquicas de cada paciente.

Personalizar os exercícios de reabilitação do equilíbrio: A reabilitação do equilíbrio, por meio de exercícios (exercícios vestibulares), reajusta as relações entre os sinais enviados pelas estruturas responsáveis pela manutenção da postura corporal (labirinto, olhos, pele, músculos e articulações). Tratam-se de exercícios repetitivos com os olhos, a cabeça e o corpo com o objetivo de criar um conflito sensorial que vai acelerar a compensação, provocando o reajuste da função do equilíbrio.

Correção de erros alimentares que podem agravar a vertigem e sintomas associados.

Mudanças de hábitos ou vícios que possam ser fatores de risco, principalmente quanto ao uso de açúcares de absorção rápida, café, álcool e fumo.

Cirugia da vertigem: Deve ser destinada a casos específicos (tumores, fracassos do tratamento clínico em certas doenças), em combinação, ou não, com as medidas que constituem a múltipla abordagem do tratamento conservador.



Como a tontura evolui?

Algumas doenças, ou distúrbio labirínticos, são autolimitantes, ou seja, curam sozinhas. Outras curam por compensação labiríntica, ou seja, um reajuste entre as estruturas que comandam o nosso equilíbrio.

A grande maioria dos pacientes (cerca de 90%) responde favoravelmente à terapia antivertiginosa.

A maioria dos casos fica definitivamente curada. Outros melhoram significativamente, e apenas poucos casos são rebeldes ao tratamento. Nesses últimos casos,novas estratégias de tratamento podem ser aplicadas até obter-se o melhor resultado possível.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico?

Qual é a causa da minha tontura?

A minha tontura é uma doença?

Eu tenho tontura, vertigem ou labirintite?

O que é labirintite?

A minha tontura tem cura?

Pedra na vesícula




Cálculos biliares são pequenas pedras que se formam na vesícula biliar, órgão localizado no lobo inferior direito do fígado onde a bile se concentra e de onde é lançada sob a influência de um hormônio intestinal.

A bile produzida no fígado consiste na mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável por cerca de 75% dos casos de formação de cálculos. Alguns deles se alojam na vesícula biliar e não causam sintomas. Outros ficam presos no duto biliar e bloqueiam o fluxo da bile para o intestino. Essa obstrução provoca a cólica biliar que se caracteriza por dor intensa no lado direito superior do abdome ou nas costas, na região entre as omoplatas. A crise de cólica persiste enquanto a pedra permanecer no duto. No entanto, muitas podem voltar para a vesícula ou ser empurradas para o intestino. Quando isso ocorre, a crise dolorosa diminui.

Sintomas

Alguns cálculos na vesícula podem ser assintomáticos, mas outros provocam dor intensa do lado direito superior do abdome que se irradia para a parte de cima da caixa torácica ou para as costelas. A dor normalmente aparece meia hora após uma refeição, atinge um pico de intensidade e diminui depois. Pode vir ou não acompanhada de febre, náuseas e vômitos.

Causas

Muitos fatores podem alterar a composição da bile e acionar o gatilho de formação dos cálculos na vesícula. Alguns fatores que aumentam o risco são:

* Dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras;

* Vida sedentária que eleva o LDL (mau colesterol) e diminui o HDL (bom colesterol);

* Diabetes;

* Obesidade;

* Hipertensão (pressão alta);

* Fumo;

* Uso prolongado de anticoncepcionais;

* Elevação do nível de estrogênio o que explica a incidência maior de cálculos biliares nas mulheres;

* Predisposição genética.

Tratamento

O tratamento pode ser feito à base de medicamentos que diluem o cálculo se ele for constituído apenas por colesterol. Nos outros casos, a cirurgia por laparoscopia, que requer poucos dias de internação hospitalar, é a conduta mais indicada. Tratamento por ondas de choque para fragmentar o cálculo representa também uma possibilidade terapêutica.

Recomendações

* Faça uma dieta rica em fibras e com pouca gordura. Alimentos gordurosos podem elevar o nível do colesterol;

* Procure manter o peso ideal para seu tipo físico. Isso ajuda a controlar o nível do colesterol e a prevenir diabetes e hipertensão;

* Largue o cigarro;

* Discuta com seu médico a conveniência de tomar pílulas anticoncepcionais ou fazer reposição hormonal, se você tem histórico familiar de cálculo na vesícula.

Advertência

Consulte um médico se os sintomas dolorosos de cálculo biliar se manifestarem e, especialmente, se forem seguidos de febre, náuseas e vômitos.